Bolsonaro escolhe o médico Marcelo Queiroga como ministro da Saúde
Médico, que assume no lugar de general, será o quarto nome a assumir a pasta desde o início da pandemia
Médico, que assume no lugar de general, será o quarto nome a assumir a pasta desde o início da pandemia
O presidente
Jair Bolsonaro escolheu o médico Marcelo Queiroga como novo
ministro da Saúde. Será o quarto nome a assumir a pasta, comandada desde maio
pelo general Eduardo Pazuello, após o início da pandemia de covid-19.
O convite a Queiroga
foi feito em reunião na tarde desta segunda-feira, 15, no Palácio do Planalto,
após a recusa da também cardiologista Ludhmila Hajjar em aceitar o cargo por,
segundo ela, "motivos técnicos".
A médica tem opiniões
divergentes a de Bolsonaro, que defende a prescrição de cloroquina, medicamento
sem eficácia comprovada no combate à covid-19, e é contrário a medicas de
isolamento social.
O paraibano Queiroga é
muito respeitado no setor. No combate ao coronavírus, porém, se alinha a
Hajjar: defende o distanciamento social e não acredita em tratamento precoce,
dois pontos em que diverge dos bolsonaristas e do próprio presidente.
Mas Queiroga é
considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde
que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.
Queiroga tem bom
contato com integrantes do governo e havia sido indicado por Bolsonaro para
ocupar uma diretoria da Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS). A
indicação estava parada na Comissão de Assuntos Sociais do Senado por causa da
pandemia, mas seria aprovada sem problemas.
Há poucos dias,
Queiroga se encontrou com o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, a quem
pediu apoio para a realização do Congresso Mundial de Cardiologia no Brasil. Em
vídeo, Queiroga chama Gilson de "querido ministro".
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