Polícia Federal deflagra operação na Secretaria de Educação e Controladoria Geral de Ji-Paraná
Ji-Paraná/RO - A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta sexta-feira, 13/12/2019, a Operação “Rapina” para combater o desvio de recursos do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE), fraudes às licitações e superfaturamento no âmbito da Secretaria Municipal de Educação e Controladoria Geral do Município de Ji-Paraná/RO.
A
referida Operação está sendo deflagrada nos estados de Rondônia, Pernambuco e
Piauí, 52 mandados judiciais, sendo 05 de prisão temporária, 03 mandados de
prisão preventiva, 30 de busca e apreensão e 14 de sequestro e
indisponibilidade de bens, todos expedidos pela Justiça Federal em
Ji-Paraná/RO.
A Polícia
Federal cumpre mandados na cidade de Ji-Paraná/RO (Secretaria de Educação,
Controladoria Geral do Município, empresas envolvidas e residências dos
investigados). Ainda em Rondônia, são cumpridos mandados nos municípios de
Porto Velho, Cacoal, Machadinho do Oeste e Alto Paraíso do Oeste. No estado de
Pernambuco as medidas cautelares são cumpridas na cidade de Paulista/PE e no Piauí
na cidade de Teresina/PI.
As
investigações surgiram inicialmente de um Relatório de Informação produzido
pela Controladoria Geral da União – Regional de Rondônia e Parecer Técnico da
5ª Câmara de Coordenação e Revisão, do Ministério Público Federal, que
identificou uma organização criminosa composta por empresários, particulares e
agentes públicos especializados em fraudar licitações e contratos da Prefeitura
de Ji-Paraná/RO, especificamente na Secretaria Municipal de Educação, obtendo
vantagens ilícitas dos recursos do Programa Nacional de Transporte Escolar
(PNATE), verba federal repassada ao ente municipal.
Os
objetos da investigação foram os processos licitatórios nº 9.337/2012 e
15.171/2015, que foram fraudados por intermédio de conluio entre as empresas
participantes e chegou a um superfaturamento dos preços que ultrapassa R$
17.998.778,46, segundo aponta o relatório da CGU-RO.
Um único grupo econômico fraudava sucessivas
licitações e mantinha o contrato para o transporte escolar desde o ano de 2012.
No certame participavam “empresas de fachada” e havia sobrepreço das propostas
vencedoras.
Os presos, após serem ouvidos na Delegacia de Polícia Federal em Ji-Paraná, serão encaminhados para presídios estaduais e responderão, perante a Justiça Federal, pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.