Os sete senadores que integraram o núcleo duro da CPI da Covid vão reunir documentos que consideram provas de crimes cometidos por Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia para que ele seja investigado pelo Ministério Público Federal, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
Derrotado nas eleições, fora do poder e sem foro privilegiado, Bolsonaro agora poderia responder por esses crimes em primeira instância.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), se manifestou em publicação no instagram. “Sempre falei que os crimes cometidos no enfrentamento à pandemia, no Brasil, não ficariam impunes. Que, por mais que demorassem a serem julgados, continuaríamos a acompanhar o andamento e veríamos os resultado.
A Polícia Federal já considerou crime a forma com que o ex-presidente relacionou a vacina da Covid-19 com o vírus do HIV. As vidas perdidas não serão esquecidas, seguiremos vigilantes para que os responsáveis pela tragédia que vivenciamos sejam responsabilizados. A Justiça será feita!”, afirmou Aziz.
Bolsonaro foi indiciado na CPI por nove crimes: de epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, charlatanismo, prevaricação, crime contra a humanidade e crime de responsabilidade.
Sob o comando de Augusto Aras, no entanto, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento das denúncias, e Bolsonaro jamais foi investigado por elas. Os parlamentares acreditam que agora, sem a proteção do foro privilegiado, que perdeu ao deixar o cargo, Bolsonaro seja enfim investigado a pedido do Ministério Público.
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