O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contrariou a recomendação de aliados e decidiu discursar na Assembleia da República de Portugal nesta terça-feira, 25. Inicialmente, o petista havia avisado que não iria participaria da celebração da Revolução dos Cravos.
Nas ruas, um grupo de manifestante se reuniu nas proximidades do Parlamento com cartazes e entoando cantos contra o presidente brasileiro. “Lugar de ladrão é na prisão”, dizia uma das faixas. Os manifestantes entoam frases como “não vai ter picanha” e “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
O esquema de segurança da região foi reforçado por causa da presença de Lula em Portugal e foram instaladas grades de proteção para coibir confrontos. O efetivo de policiais atuando na região não foi divulgado.
No Parlamento, pelo menos 11 deputados do partido Chega entraram no local depois da chegada de Marcelo Rebelo da Silva, presidente de Portugal, e de Lula. Dessa forma, eles quebraram o protocolo da cerimônia solene de boas-vindas ao brasileiro. Os oposicionistas também levaram cartazes para a cerimônia.
O presidente do Parlamento, Augusto Santos Silva, pediu desculpas pelo comportamento dos deputados. Ao fim do discurso, sem mencionar o Chega, Lula afirmou: “Que deus abençoe Portugal, abençoe o Brasil, e viva a liberdade e a democracia. E não ao fascismo político e injusto”.
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