Em Rondônia, especialista alerta para a depressão infantil: saiba como identificar e tratar a doença
Isolamento, dores de barriga e cabeça constantes estão entre os sintomas
Isolamento, dores de barriga e cabeça constantes estão entre os sintomas
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que os casos de depressão entre crianças de 6 a 12 anos saltaram de 4,5% para 8% nos últimos 10 anos. Das mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo diagnosticadas com a doença, cerca de 1% a 2% são menores.
Os fatores que contribuem para isso são diversos e versam entre os biológicos, com a hereditariedade, e os sociais, no convívio familiar ou na escola, por exemplo. Para o psicólogo e docente da Estácio Unijipa, em Rondônia, Euler Oliveira, o primeiro sinal de que algo não vai bem com os pequenos deve ser identificado em casa, pelos responsáveis.
“É importante que os pais estejam atentos aos cenários vivenciados pelas crianças, uma vez que a doença vai dando alertas e gatilhos que podem ser identificados e posteriormente tratados”, pontua.
“Na rotina acelerada, esses sinais vão ficando de lado pelos responsáveis e isso é um fator preocupante. Geralmente, os principais alertas são isolamento, medo e irritação constantes, perda de interesse pela escola ou por algo que elas gostavam muito”, completa o profissional.
Fatores de risco
-Bullying: crianças têm ampla predisposição para desenvolver depressão ainda na infância ou até mesmo na adolescência; devido a falta de ferramentas para lidar com essas experiências;
-Uso de telas em excesso;
-Ambiente familiar violento ou hostil;
-Hereditariedade;
-Críticas em demasia pelo erros;
-Falta de afirmação quando a criança acerta.
Sintomas
-Dores constantes na cabeça ou barriga, episódios de náuseas e vômito;
-Dificuldade para lidar com frustração e mudanças;
-Isolamento;
-Perda de interesse por algo que era prazeroso;
-Em casos mais graves, automutilação.
Prevenção
-Dar atenção, carinho e acolhimento para crianças;
-Praticar o diálogo sempre;
-Estabelecer limites para o uso de celulares, TVs e tablets;
-Integrar exercícios físicos à rotina das crianças;
-Optar por jogos de tabuleiro, que exercitem o engajamento familiar, ou brincadeiras ao ar livre.
Em caso de identificação de sintomas, a criança deve ser consultada com um profissional que definirá um diagnóstico e conduta a ser seguida. “Quanto mais cedo vier o diagnóstico e os tratamentos forem realizados, melhor será o desfecho do caso. Em muitos casos, quando a depressão é tratada no início, é possível reverter somente com terapias, em outros, o uso de medicação pode ser indicado. Em todos os casos, seguir o tratamento indicado pelo profissional é o correto”, finaliza Euler.
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