Falso Profeta! Pastor “incorporava anjos” para abusar de mulheres

23/10/2023 - 18:48 hs

Um pastor é suspeito de abusar de fiéis em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo duas vítimas, o pastor alegava estar “incorporando um anjo” em “campanhas espirituais” e que, se negassem o assédio, teriam consequências. O caso foi registrado na Polícia Civil (PC) na última segunda-feira (2/10). 

"Uma das vítimas disse à polícia que frequentava a igreja do pastor há 8 anos e foi abusada por ele, pela primeira vez, no ano passado. Ela disse que o pastor pedia fotos íntimas alegando que isso fazia parte de uma “campanha” para ter sucesso na vida e que anjos a ajudariam através dele. A vítima disse que enviou.

Em outra situação descrita pela vítima, o pastor teria dito que incorporou um “anjo” após um culto de libertação e que ela seria “amaldiçoada” se contasse para alguém sobre os pedidos dele. Logo depois disso, o suspeito teria passado a mão nas partes íntimas dela. Segundo a mulher, a esposa do suspeito presenciou o abuso e ainda mandou que ela não negasse os pedidos feitos pelo marido, que incluíam até masturbação. Os crimes teriam acontecido em um “quarto de oração” da igreja e em uma casa.

A mesma vítima denunciou ainda que, durante a “campanha”, também passou por vários abusos no “quarto de orações” e o pastor tirou a virgindade dela. A mulher contou que a esposa do suspeito estava perto e não fez nada.

Fora da “campanha”, o pastor continuou ligando para a vítima e pedia para que ela se tocasse para ele assistir. Quando a vítima falou que não queria mais participar, o homem divulgou fotos íntimas dela para outros membros da igreja, o que ela descobriu em outubro deste ano.
Campanha espiritual

De acordo com a segunda denúncia, a vítima disse que frequentou a igreja do pastor por 5 anos e ele a chamou dizendo que precisava fazer uma “campanha espiritual” porque o marido dela estava com um problema. Durante o abuso, o homem chegou a falar que um “anjo” estava com ele, segundo a mulher.

A mulher ainda relatou que tentou empurrar o suspeito, mas ele teria dito que ela tinha que continuar a “campanha” e a fez prometer que não contaria para ninguém porque as pessoas não entenderiam.

As vítimas pediram à Justiça medidas protetivas de urgência contra o pastor, mas o juiz negou. Um dos argumentos usados na decisão é que os crimes não foram praticados no âmbito doméstico e elas não possuíam vínculo anterior com ele.