"Dono de seu partido, Trump
lança o ataque contra Biden" é a manchete do jornal Le Figaro.
Segundo o diário, a rivalidade entre os dois é "existencial". O atual
presidente americano classifica o oponente como "o maior perigo à
democracia dos Estados Unidos desde a guerra da Secessão".
Já Trump não hesita em
"atropelar tudo o que está a sua frente", considera o diário, que
descreve a campanha do líder republicano como "quase insurrecional".
Para Le Figaro, Trump segue "fiel a seu método" e "acusa
Biden de querer destruir o país por meio de complôs sinistros".
Desistência da única oponente
O jornal Libération dedica
uma página inteira à republicana Nikki Haley, descrita como "o último
obstáculo na estrada de Trump". A ex-embaixadora dos Estados Unidos na ONU se viu obrigada a
renunciar à corrida eleitoral na quarta-feira (6), após uma vitória
esmagadora do ex-presidente na Super Terça. Nos 15 estados que foram às urnas
para as primárias republicanas há dois dias, Haley venceu apenas no Vermont.
A conservadora, no entanto, não pediu
que seus eleitores votem em Trump. Libé lembra que durante toda a
campanha das primárias, Haley fez duras críticas ao magnata, classificando-o de
"senil", "instável", "desequilibrado" e
"obcecado por seus próprios demônios do passado".
Em discurso na quarta-feira na
Carolina do Sul, Estado que governou entre 2011 e 2017, a ex-embaixadora
aconselhou que os eleitores americanos "não sigam jamais o que dizem os
outros". "Formem sempre suas próprias opiniões", ressaltou.
Em chamada de capa do jornal Les
Echos publica: "Donald Trump sob desafio de reunir". O diário
econômico destaca que, com a desistência de Haley, o ex-presidente precisa
agora expandir sua base, especialmente em direção aos conservadores moderados e
às mulheres das periferias, que deram preferência à única adversária de Trump
nas primárias do partido.
A hora da vingança
"Trump-Biden: a hora da revanche
começou" é o título de uma matéria do jornal Le Parisien. O diário
prevê uma campanha difícil para Biden, lembrando que 10% de seu
eleitorado já afirma que votará em seu rival. Diante deste cenário, a
matéria destaca que a partir desta quinta-feira o presidente americano
investirá pesado em sua campanha, multiplicando suas viagens pelo país e
reforçando sua presença nas redes sociais.
Nesta noite Biden, aliás, realizará o tradicional discurso do Estado da União diante do Congresso. Le Parisien prevê que o presidente defenderá seu mandato, focalizando em seu positivo balanço econômico, e sem deixar de lançar novas farpas contra Trump.
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