Responsável por afetar as vias respiratórias e causar pneumonia, o vírus misterioso que foi descoberto na China, já coloca as autoridades locais em alerta desde dezembro do ano passado. Agora, novos casos estão sendo relatados na Ásia — inclusive, o Japão já afirmou ter encontrado pacientes portando o vírus no país.
Hoje (17), a Tailândia divulgou o segundo caso do novo coronavírus chinês em seu território: era uma chinesa, de 74 anos, que carregava o vírus, segundo as autoridades do local. Na segunda-feira (13), já haviam encontrado uma outra mulher de origem chinesa, de 61 anos, que também trazia uma cepa do coronavírus.
Ambas as pacientes, estiveram na cidade chinesa de Wuhan, local em que 41 casos de pneumonia foram relatados e estão potencialmente ligados a esse vírus. Os dois casos colocam também a Tailândia em alerta, por causa do ano-novo lunar — período em que receberão uma grande quantidade de turistas.
Segundo o secretário do Ministério da Saúde, Sukhum Karnchanapima, a Tailândia está confiante de que conseguirá controlar a propagação do vírus. Além disso, o membro do governo explica que a situação está sob controle e que o país não vive um surto. Sukhum também pede aos tailandeses que mantenham a calma.
Até agora, a maioria das pessoas que contraiu o vírus, apelidado de 2019-nCoV, sobreviveu, sendo que mais de 50 indivíduos foram infectados. O alerta só começa a soar mais alto pelo fato desse vírus estar se espalhando de maneira muito mais rápida. Além disso, foram relatados casos fatais na própria China, onde as autoridades confirmaram que a doença matou, recentemente, dois homens.
Por se tratar de um vírus ainda desconhecido, os especialistas não descobriram nem sua forma de transmissão e, a princípio, não acreditam que o 2019-nCoV possa ser transmitido de humano para humano. Só que essa ainda é uma possibilidade longe de ser descartada.
O surto começou em Wuhan, onde foi vinculado a um mercado de frutos do mar da região. Assim, especula-se que algum dos animais transmitiu o vírus para os humanos — no local, também são vendidos outros tipos de animais vivos, como galinhas e coelhos.
Fator que corrobora essa versão é que os profissionais de saúde que trataram os pacientes não apresentaram nenhum sintoma do novo coronavírus. No entanto, um japonês que contraiu a doença o fez enquanto viajava para Wuhan, mas não visitou o mercado. Nesse caso, é possível que tenha contraído o vírus de outro humano.
Antes de um veredicto, mais testes e análises serão necessárias para que os especialistas declarem, definitivamente, qual o perigo real que esse vírus representa. Caso não seja transmitido entre seres humanos, ele será muito menos perigoso para a saúde pública do que se imagina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os eventuais riscos do vírus, após relatos de sua chegada em outros países. “Estamos nos preparando para a hipótese de contágios em massa. Por isso, estão sendo tomadas medidas de prevenção e controle de infecções para que todos os hospitais do mundo apliquem as precauções habituais”, comenta a diretora interina do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria Van Kerkhove.
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