Sem foro privilegiado, os ex-senadores Romero Jucá e Valdir Raupp, ambos do MDB, viraram réus em um processo decorrente da Operação Lava Jato. A denúncia da força-tarefa no MPF (Ministério Público Federal) no Paraná foi aceito pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Os políticos devem responder por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Na mesma ação também foram denunciados o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, os ex-executivos da NM Engenharia Luiz Fernando Maramaldo e Nelson Maramaldo, e o ex-
De acordo com a força-tarefa Lava Jato, Romero Jucá e Valdir Raupp receberam propinas das empreiteiras para manter Machado na presidência da Transpetro, subsidiária da área de transportes da Petrobras. Em troca, o agente público continuaria a beneficiar as empresas em futuras licitações da estatal.
Conforme a denúncia, os pagamentos aconteceram em 2008, 2009, 2010 e 2012. As propinas eram disfarçadas de doações eleitorais ao então PMDB. Ao todo, de acordo com o MPF no Paraná, a NM Engenharia pagou R$ 1,3 milhão em vantagens indevidas, na forma de doações eleitorais, para Romero Jucá e outros políticos do MDB.
Em relação à Odebrecht Ambiental, esquema semelhante ocorreu em 2012, quando o ex-senador Valdir Raupp recebeu, com o auxílio de Machado, R$ 1 milhão da empreiteira. O então presidente da empresa, Fernando Reis, teria utilizado outra companhia do grupo, a Barro Novo Empreendimentos Imobiliários, para fazer duas doações eleitorais oficiais no valor de R$ 500 mil cada.
As investigações sobre o suposto esquema tramitou no STF (Supremo Tribunal Federal) porque Romero Jucá e Valdir Raupp, então senadores, tinham foro privilegiado. Uma denúncia contra eles foi oferecida à época pela PGR (Procuradoria-Geral da República), em agosto de 2017. A acusação também implicava outros senadores do MDB: Renan Calheiros, José Sarney e Garibaldi Alves Filho.
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